Ética, Cidadania e Responsabilidade Social

Ética, Cidadania e Responsabilidade Social é um componente curricular que propõe uma discussão sobre aspectos ligados à Princípios Éticos e Valores Morais dos indivíduos em sociedade e nas organizações. Discute também questões atuais ligadas à Responsabilidade Social, Direitos Humanos e Sustentabilidade Ambiental.

 

 

A Sociedade e os meios de interagir

            Uma pessoa é livre para fazer tudo ou qualquer coisa que ela quiser desde que o que ela faça não prejudique outras pessoas da sociedade. É através da consciência que a pessoa irá formar o conceito do que é certo ou errado e evitar fazer aquilo que a envergonhe ou as pessoas de seu convívio.

A cidadania está diretamente ligada as conquistas da humanidade, aos direitos das pessoas e esses devem ser assegurados e também aos deveres de onde cada indivíduo deverá respeitar certas regas para que o convívio social seja possível de forma a não prejudicar o próximo ou a si mesmo.

            É papel fundamental de um país assegurar os direitos de cada pessoa pois fazem parte da  constituição, dar ao cidadão a possibilidade de viver decentemente, ter direito a educação, a ter ideias e poder expressá-las, direito de poder votar na escolha de seus representantes, de não ser discriminado por sua classe social, cor, idade ou religião, de circular livremente pelas ruas etc. Da mesma forma o respeito as regras públicas básicas como: respeitar o sinal vermelho, não jogar lixos na rua, não destruir o patrimônio público, colaborar com as autoridades e cumprir as leis.

Porém o que está no papel pouco se aplica na prática onde cada um quer levar vantagem em tudo, tendo como objetivo o benefício próprio e não o coletivo. Isso é bem distinto em nosso país onde a corrupção está de certa forma enraizada na nossa cultura desde a população até nossos representantes políticos no congresso nacional, que acabam se tornado um reflexo direto de nossas atitudes como pessoas, como indivíduos que não respeitam o direito do próximo.

Com uma democracia frágil, com representantes corruptos temos uma implicação direta no bem coletivo, gerando uma sociedade violenta e alimentando um ciclo vicioso.

Para mudar esta cultura devemos começar a mudança de baixo para cima, mudando nossas atitudes no dia a dia, não cometendo aquelas “pequenas corrupções”, seguindo as regras básica de convívio que é não fazer aquilo que vai beneficiar somente a si mesmo, mas irá beneficiar a sociedade como um todo, para que um dia possamos ter representantes de alto nível e ao melhor convívio social.

Em relação à corrupção no nosso país o Brasil tem piorado o seu índice quando comparado aos dados fornecidos por Gilberto Dimenstein em 2006, mostrando que em vez de melhorar nossas atitudes temos falhado neste quesito, Em uma atualização feita pelo IMD publicada em junho de 2017 o Brasil encontra-se na posição 61ª em uma lista de 63 países perdendo apenas para Venezuela que se encontra em grave crise político-econômica onde a praticamente uma ditadura, essa queda é devido a grandes turbulências politicas e econômicas em que temos sofrido desde a ultima eleição presidencial.       

Quando falamos em responsabilidade social estamos relacionando as ações que as empresas adotam para incentivar o bem-estar daqueles que estão ligados a elas direto ou indiretamente.  A definição, nessa visão, envolve o benefício da coletividade, uma prática voluntária, sem ser por obrigação ou por vantagens próprias. No entanto, ao conhecer os parâmetros das primeiras ideias sobre o que é e o que deveria ser, nos deparamos com conceitos bem contraditórios. Existem uma série de estudos, mas no fim, o que chama mais a atenção é de fato a realidade de cada empresa, no mundo dos negócios o que dita as regras é a parte racional, pois de cada ação se espera uma reação e ao viabilizar dentro de uma corporação a responsabilidade social sempre se espera benefícios futuros.

Ainda falando de responsabilidade social e relacionando com cidadania, observamos que ambos têm uma interação entre si, enquanto as empresas apresentam um plano para estar dentro do contexto que se impõe, faz se o seu dever dentro da sociedade, praticando assim a cidadania, que é a prática de direitos e deveres dentro de um Estado, resultando assim um desenvolvimento Social.

Diante das possibilidades de se exercer a cidadania dentro de um Estado e receber o que se é de direito, não deveria haver desigualdade social, pois conforme a constituição, todos têm direitos e obrigações, mas se um deles não é cumprido fica inviável a situação do indivíduo dentro da sociedade. E infelizmente é o que vemos no nosso cotidiano, não há um respeito pleno dos deveres e muito menos das obrigações. Sentimos na pele o desrespeito às leis por parte do poder maior, aqueles que deveriam zelar pelo bem de todos, já que, foram escolhidos para representa-los.

O cidadão consciente é aquele que compreende a sua importância no contexto do mundo em que habita, por isso é cumpridor de seus deveres, conhece e usufrui de seus direitos. Quanto mais cidadãos conscientes, mais progresso e bem-estar social, por isso é muito importante promover e incentivar ações educativas para a comunidade no que diz respeito à construção de uma consciência crítica e transformadora no pleno exercício da cidadania.

Enfim, seja dentro de uma sociedade ou fora dela, sempre haverá regras a serem cumpridas, mas o mais importante é ter consciência de seus direitos e deveres e saber usá-los e fazê-los valer, independente das injustiças sociais, não deixar de exercer sua cidadania.